Desde o “remake” de “Carrossel”, em 2012, o SBT vem tratando a teledramaturgia infantojuvenil como seu carro-chefe. Em quatro anos, a emissora já exibiu três releituras mexicanas. Na última semana, “Carinha de Anjo” estreou dando continuidade a este projeto.
A história gira em torno da vida de Dulce Maria, interpretada pela pequena Lorena Queiroz. Após perder a mãe em um acidente e seu pai, em depressão, fugir para outro país, a menina é levada para um colégio interno. Apesar de soar muito dramático, esse tipo de trama funciona para a audiência da emissora – “Chiquititas” seguia uma linha parecida. A leveza fica por conta dos outros núcleos, que contam histórias cômicas e musicais.
Ainda que o modelo seja o mesmo das outras produções – uma união de crianças, música e maniqueísmo –, “Carinha de Anjo” ganhou em cenário. Para retratar o internato Doce Horizonte, casa de Dulce Maria, a emissora optou por uma locação para substituir o estúdio.
Ponto para a história de Leonor Corrêa, que minimizou os problemas de suas antecessoras: repetição de cenários e muitos ecos. Para reforçar a parte musical, a atriz Karin Hils, que fez carreira em musicais no teatro, foi chamada. Ela interpreta a noviça Fabiana, que tem um “quê” de Deloris, personagem de Whoopi Goldberg no filme “Mudança de Hábito”.
Para acompanhar quem, nos últimos anos, cresceu vendo suas novelas infantojuvenis, o SBT atentou para abraçar o público de todas as idades. As meninas do internato têm entre três e sete anos. No entanto, os adolescentes também têm seu espaço. Jean Paulo Campos e Maísa Silva interpretam a dupla Zeca e Juju. Ele é um sertanejo que quer seguir na carreira musical. Já ela é uma “vlogueira” antenada nas redes sociais. Uma aposta segura, já que os dois estiveram em “Carrossel”.
Entre acertos e erros – a maioria deles devido ao fraco elenco que possui –, “Carinha de Anjo” ocupa bem o espaço deixado por “Cúmplices de Um Resgate”.
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