O sonho em ser famoso e ganhar dinheiro na televisão faz muita gente não ter o devido cuidado quando é sondada por supostos agentes. Um homem de 54 anos, identificado como Oswaldo Marine, foi preso nesta semana na cidade de Atibaia, interior de São Paulo. Ele é acusado de usar as novelas do SBT e o nome de Silvio Santos para conseguir abusar sexualmente de menores de idade.
O canal emprega muitas crianças em produções como 'Carrossel', 'Chiquititas' e 'Cúmplices de um Resgate' e ainda prepara seu próximo folhetim, também infantil, 'Carinha de Anjo'. Sabendo de tantas produções para crianças, Oswaldo Marine dizia que era produtor artístico do SBT e que queria fazer testes de atuação com as crianças. Quando os pais já tinham confiança no homem, ele promovia o abuso.
A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 14, pelo jornalista Flávio Ricco, do UOL. De acordo com o profissional da mídia, nenhuma emissora de televisão tem pessoas que fazem esse tipo de seleção sozinhas. Geralmente, esse tipo de trabalho é feito por agências, que gravam o material e apresentam para os diretores, ou na própria sede dos canais, onde são realizados os famosos testes. Sendo assim, nem o SBT, tampouco a Globo e a Record tem qualquer ação do tipo. Portanto, os pais precisam ficar atentos e desconfiar, especialmente se a "esmola" for muito grande.
A ação do criminoso preso do interior de São Paulo não é o primeiro crime envolvendo o nome de canais, famosos ou programas de televisão. Esse é até um golpe antigo na praça. Recentemente, o nome do apresentador Fausto Silva, por exemplo, foi utilizado para um falso remédio para emagrecer. Ele segue com um processo na justiça. Sendo assim, que fique mais uma vez claro, ninguém está autorizado a dar uma decisão no nome de qualquer empresa televisiva.
A polícia de Atibaia agora espera que com a exposição do caso mais pais apareçam e façam denúncias contra o homem preso, que ainda estaria detido de modo provisório. Isso aumentaria a ficha suja dele e faria que ele demorasse mais a sair da cadeia.
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